Recebi por e-mail uma comunicação que me deixou com o coração pulsando de orgulho: o Ministério do Meio Ambiente e Clima, em conjunto com o Departamento de Educação Ambiental e Cidadania (DEA), concedeu ao projeto Arte Projetada o Certificado de Participação como Espaço Exibidor na 13ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente do Circuito Tela Verde – CTV 13, realizada entre 2024 e 2025. Uma notícia que não é apenas um papel, é um marco que mostra o quanto uma obra de arte e uma visão independente podem dialogar com políticas públicas, educação ambiental e cidadania.
Que momento incrível foi receber esse certificado, fruto de um processo de avaliação estruturado e cuidadoso. O reconhecimento federal atesta, de maneira objetiva, a qualidade da execução do projeto Arte Projetada, bem como a relevância de sua presença como espaço exibidor. O documento veio acompanhado de reflexões e esperamos que sirva como referência para futuros projetos que queiram unir arte, sustentabilidade e educação.

O contexto desse feito fica ainda mais especial quando se olha para quem fez parte dessa jornada. Sou John Wesley, produtor e artista independente, e pude acompanhar, desde o nascimento da ideia, a construção de um espaço de exibição que dialogasse com a Biblioteca Municipal de Lajedo, no interior de Pernambuco. A escolha desse espaço não foi por acaso. No momento Administrada por Edsalma que foi uma parceira forte. A Biblioteca foi lugar de encontro, pesquisa e memória, onde a sétima arte pode ganhar novas leituras entre molas de histórias locais e sons da região. Assim, Arte Projetada teve a honra de ocupar esse espaço, levando para a comunidade olhares criativos sobre o meio ambiente, a cidadania e a educação ambiental.
Não posso deixar de registrar a força da parceria que tornou possível esse feito. Maxuel Rodrigues de Moraes, à frente da Mostra Mercosul Audiovisual, trouxe ao projeto uma visão de rede, de conectividade entre regiões e de diálogo com outros movimentos audiovisuais. Eu, John Wesley, à frente do Cine Tela Verde no Projeto Arte Projetada, assumi a responsabilidade de coordenar o eixo que conecta produção independente, circulação de obras e participação de escolas. A junção dessas perspectivas — da Mercosul, do Cine Tela Verde e da nossa prática local — mostrou que o caminho da produção audiovisual pode, sim, ganhar força quando instituições públicas, produtoras independentes e redes educacionais trabalham em conjunto. Nesse evento pudemos contar com a presença da Ambientalista e Diretora da Escola Ambiental Andréia Felix, e do Escritor Carlos Soares.
O envolvimento das escolas das redes municipais, estaduais e da rede privada não foi apenas um adicionamento de público, foi a demonstração prática de que o cinema, a fotografia, o vídeo e a arte em geral podem ser usados como ferramentas de educação ambiental e cidadania. Em cada sessão, em cada debate, ficou claro que a produção audiovisual pode transformar percepções, ampliar horizontes e estimular ações concretas pela preservação do meio ambiente e pelo protagonismo dos estudantes nesse processo.
O conteúdo exibido no espaço Arte Projetada na CTV 13 refletiu esse entrelaçamento. Foram obras, curtas e experimentos que aproximaram público e natureza, que discutiram reciclagem, consumo consciente, ética ambiental e memória coletiva. A presença na Biblioteca Municipal de Lajedo proporcionou um circuito de acesso à cultura e ao conhecimento que é, por si só, uma forma de educação ambiental: a leitura de imagens, a compreensão de narrativas visuais e a prática de olhar crítico para o nosso entorno.
Receber a certificação federal também abre portas para novas possibilidades. Ela atesta não apenas a qualidade de uma obra, mas a capacidade de um projeto de se sustentar em um ecossistema de políticas públicas, educação e cultura. A certificação é um convite para que outros realizadores, produtores e instituições pensem em projetos que conectem arte, meio ambiente e cidadania de maneiras criativas e impactantes.
Sobre o caminho do futuro, já começamos a planejar novos passos para o CTV 14, que está previsto para 2025/2026. A expectativa é continuar fortalecendo redes, ampliando a participação de escolas, curadorias cada vez mais sensíveis às questões ambientais e, principalmente, mantendo a qualidade de exibição que fez o CTV 13 ser memorável. Em breve trarei mais novidades sobre as datas, os espaços, as chamadas para participação e as possibilidades de colaboração entre artistas independentes, produtores, escolas e órgãos públicos. Se você acompanha o blog, sabe que minha prática como artista e produtor independente é construir pontes entre a arte e a vida cotidiana. A experiência com o Certificado de Participação e com o Espaço Exibidor na CTV 13 reforça a ideia de que projetos culturais têm o poder de mudar percepções, transformar comunidades e abrir caminhos para novas gerações de criadores. Agradeço a todos que estiveram ao meu lado nessa jornada: parceiros, alunos, leitores e colegas de produção. Cada passo foi essencial para chegar até aqui.
Fiquem atentos aos próximos posts, onde vamos detalhar as obras apresentadas, as atividades de educação ambiental promovidas pela DEA, os depoimentos de estudantes e as perspectivas para o CTV 14. Vamos continuar contando histórias de como a arte pode dialogar com o meio ambiente, com a educação e com a cidadania — e de como o interior de Pernambuco, com sua própria linguagem e ritmo, pode ocupar e transformar o cenário audiovisual do país.
Se você também tem interesse em projetos que unem arte, meio ambiente e educação, ou quer saber como participar das próximas edições, deixe seu comentário ou entre em contato. Vamos juntos seguir ampliando esse movimento audiovisual que nasce no interior e sonha grande — com responsabilidade, criatividade e muita parceria.

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